TESTEMUNHO SOBRE A MISSÃO: PORCINIA DO CARMO

Apresentação Realidade 


Êxitos/Dificuldades 

Vivência da Missão 

Iluminação Evangelli Gaudium 

APRESENTAÇÃO DA REALIDADE: tarefas realizadas 

Vou apresentar o meu testemunho, partindo de uma parábola, que considero significativa, e que de algum modo traduz a realidade e a minha presença na missão, no âmbito da Pastoral da Saúde. Passo a citar:

“Noventa homens vão viver durante dez meses, separados do mundo, numa estação científica no polo Norte, onde não há outra coisa, senão noite e gelo. Quase todos são investigadores e cientistas famosos; ateus, ou pelo menos fora das estruturas visíveis da Igreja. Foram para ali, empurrados por uma comum paixão: descobrir algumas verdades que possam, um dia, servir de ajuda à humanidade. No meio deles, há um modesto técnico. Chamam-no “sentinela da aurora”.

A sua tarefa, consiste em perscrutar a aurora boreal e observar os seus fenómenos. É sacerdote. Sente-se como estranho no grupo e os amigos que deixou também lhe perguntam “ que estás aí a fazer”? Necessitamos de ti aqui. 

Longos serões em que os cientistas manifestam os seus pontos de vista, as descobertas … esboçam hipóteses. O humilde sacerdote, o modesto sentinela da aurora, que não possui grande cultura, não é famoso e no entanto, é o centro de todas as investidas religiosas e frequentemente o alvo de todas as polémicas. 

Não conseguiu converter um único colega.

Mas um dia, na véspera da partida, um companheiro chama-o à parte e diz-lhe: “tens de saber que tu de nenhuma maneira, és no meio de nós e para nós, somente o modesto técnico que observa a aurora. Tu és, na verdade, para todos nós e com pleno direito, um investigador. Sim, também tu és um investigador. Um “Buscador de Deus”. E… pode ser que precisamente, sejas tu, aquele que tem razão”.

REALIDADE:

Durante a permanência no mundo da saúde e na realidade que experimentei, qual o significado da parábola?

A minha experiência conheceu realidades diferentes. Quando comecei a trabalhar – 1972 – era toda a comunidade que estava em função do Hospital e dispunha de uma liberdade total na orientação do mesmo, tanto no aspecto técnico, como na pastoral. Tudo funcionava em uníssono e bastante uniforme, vivia-se de alguma forma num contexto de cristandade e os que não se reviam mostravam-se respeitadores e tolerantes. 

Neste contexto, competia-me coordenar o pessoal de enfermagem e prestar cuidados directos em várias valências. De alguma forma tínhamos um estatuto privilegiado e protegido. O âmbito da pastoral andava à volta dos sacramentos, oração do terço, para além do cuidado personalizado ao doente, onde a ternura dedicação e compaixão, espírito de família, estavam presentes.

Mas a experiência de missão que me marcou e lançou desafios, tem a ver com a época que vai do 25 de Abril até à presente data e com cuja parábola estabeleço algum paralelismo.

Também eu passei a fazer parte de um grupo, tecnicamente bem preparado e que juntos prestávamos cuidados num Bloco operatório. 

Senti-me incómoda, porque depois de 10 anos desligada desta realidade não me sentia à vontade, nem no aspecto científico-técnico-profissional, nem num ambiente que eu achava, hostil aos valores, pelos quais eu pautava a minha vida. A primeira sensação foi dizer para mim mesma como o Salmista: “mas como poderei cantar um cântico ao Senhor em terra estrangeira”? A desidentificacão era abismal!... mas era com esta realidade que teria que conviver todos os dias. Era a única consagrada e cristã assumida, num grupo que não manifestava as suas convicções religiosas, embora houvesse entre eles, pessoas com bons sentimentos, generosos, respeitadores e entregues à missão.

Sentia-me como estranha e os de fora também não me alentavam muito pois diziam-me: “dou-te um mês e no fim do qual pedirás para sair”. Não posso dizer que foi fácil, foi até desgastante, mas permaneci até à desvinculação do trabalho, no final de 2013.

A minha percepção foi clara desde o início, ser fermento e não perder de vista que tinha de ser “Buscadora de Deus” e de alguma forma fazer passar no ambiente de trabalho essa minha referência e transmitir como que por “osmose” o meu modo de ser, de estar, de actuar: Como?

Mantendo vivas as minhas referências, como cristã e consagrada, que alimentava com a Palavra, a oração, o apoio comunitário e a convicção de ser enviada.

Procurando na equipa multidisciplinar os traços de Deus, também eles amados e queridos por Ele.

Nos doentes, aqueles a quem cuidava, ver a imagem viva de Deus “Tudo o que fizestes a um destes pequeninos a Mim o fizeste”. Com eles tentei sempre contrariar o rotinismo dos cuidados e ver em cada rosto e em cada novo dia o ser único e irrepetível, frágil, carente de saúde, cuidados, afectos, segurança, proximidade e confiança.

Contrariar a tendência natural a falarmos entre nós colegas, das nossas coisas e, por vezes, ignorar o doente que tínhamos diante, dirigindo-lhe a palavra, diminuindo assim a sua ansiedade e insegurança, devolvendo-lhe dignidade.

Visitá-los, após transferência do Bloco, no internamento, sempre que me foi possível. Com eles estabeleci uma verdadeira empatia e a maior alegria, satisfação, reconhecimento, foi experimentada com eles, apesar da diversidade de pessoas e do seu posicionamento diante das doenças e da vida.

Implicando-me no inicio, em acções pastorais, em prol do doente, na festa do Natal, no dia do doente e na Eucaristia dominical.

Fazendo parte de um grupo, a nível do hospital, que aprofundava a formação no âmbito da Pastoral da Saúde e de um melhor cuidado aos doentes, desenvolvendo algumas acções conjuntas. Noa últimos anos já não foi possível.

Crescendo em competência, pela actualização de conhecimentos para ser uma profissional responsável, credível e tecnicamente bem preparada.

Optando em toda e qualquer circunstância pelo valor inviolável da vida, assumindo posições contra o aborto e alguns questionamentos referentes à eutanásia.

Partilhando com os colegas momentos de lazer e convivialidade, dando passo aos diálogos mais profundos e de busca de sentido.

Actuando solidariamente, para Inverter a lógica perversa que domina a organização social: colocar o lucro a todo o custo como primeiro critério da organização social e económica, passando as pessoas a ser máquinas de produção e os doentes a serem relegados para segundo plano.

Respeitando a ética e dialogar sobre aspectos duvidosos, pedindo parecer e intervenção junto da Comissão de ética.

ÊXITOS - DIFICULDADES 
  •  Esta postura granjeou-me o respeito e amizade dos colegas e para eles fui colega, confidente, amiga… a quem eles carinhosamente chamavam “Mana”.
  • Também como ao sacerdote da parábola, os “cientistas” me disseram, numa altura em que me ausentei 3 meses, “A sua dimensão espiritual já me estava a fazer falta”. Ou então: “faz-me bem sentir a sua Paz”. “não sei como consegues, sempre, ser tão carinhosa e alegre junto dos doentes”.
  • Senti a alegria no cuidar e pude experimentar o agradecimento no rosto dos doentes, aliviando dores, encorajando, dando esperança, serenando corações e potenciando afectos.
  • Procurei estabelecer com as famílias do doente laços de proximidade, informando-os e diminuindo deste modo a sua ansiedade e stress. 
  • A minha presença foi ser fermento e sempre que se proporcionava dava razões da minha fé, esperança, embora experimentasse constrangimentos num ambiente intelectual tão selectivo e onde tudo se questiona, mas também com facilidade se apela e acredita no milagre. ( J )
  • Este tipo de inserção aumentou o sentido de responsabilidade; cresci como mulher; tornou-me mais solidária com os problemas dos outros, seus dramas e precariedades; aprendi da equipa a ser tolerante e apesar das divergências e investidas, a relação continuava; fez-me experimentar na pele as dificuldades no trabalho; incentivou a minha formação e projetou-me na busca do essencial, pois só tendo Deus como aliado podia diariamente alimentar o encontro com os outros, o compromisso no mundo, a sabedoria para bem cuidar e ser transmissora da verdade do Evangelho.
  • Não converti ninguém mas sei e sinto que marquei a diferença e elevei o nível do nosso relacionamento, e privilegiei a humanização dos cuidados, por não ceder a críticas destrutivas, não entrar em competitividade e não atropelar ninguém para conseguir lugares e colocações.
Como dificuldades:

Ø Senti-me enredada por outras solicitações e compromissos de âmbito extra hospital que não faziam de mim uma pessoa disponível e com mais tempo para acompanhar, cuidar e simplesmente estar e escutar e neste aspecto também ouvi: “ eu pensava que as Irmãs não tinham tantos afazeres”.

Ø Senti a voragem da competitividade e a intriga para conquistar postos, arrebatar colocações…

Ø Conheci as conversas de corredor e os meandros daqueles que querem trepar a todo o custo, pisando os outros, sem se importar dos danos, nem da deterioração das relações.

Ø A grande dificuldade de fazer pastoral num ambiente de tantas conquistas técnico científico, que quase prescinde de Deus.

Ø Tive de conviver com uma acentuada desconfiança quanto à mensagem da Igreja e sofri o influxo da cultura globalizada actual, que sem deixar de apresentar valores e novas possibilidades, limita, condiciona o nosso entusiasmo e ardor apostólico. 

Ø A profissão de enfermagem tem sofrido profundas alterações ao longo dos anos devido à evolução quer das necessidades e conquistas da saúde, quer face às transformações económicas, sociais e organizacionais, daí o sermos confrontados no dia-a-dia com pessoas que sofrem física e/ou psicologicamente, necessitando de um apoio emocional cada vez maior e isto acarreta algum stress.

Ø A gestão dos problemas associados à fragilidade, ao sofrimento e ao desenlace da morte, com os quais convivemos mal e nos frustram.

VIVÊNCIA DA MISSÃO 

Não me detenho neste aspecto, pois já fui deixando transparecer no que fui comunicando, mas quero ressaltar a grande ajuda que é a comunidade, o reflectir juntas a missão, sentir-me enviada e o grande suporte que é a oração e confronto com a Palavra.

Todas as manhãs ao dirigir-me para o hospital dialogava com o Senhor da missão e pedia-lhe para Ele me fazer sentir a Sua presença, a Sua ajuda, inspiração, e com Ele enfrentar as situações que iria encontrar. E esta cumplicidade valeu-me de muito, experimentei a Sua ajuda de um modo palpável em tantas situações!... 

O contacto com doentes, colegas e equipa multidisciplinar enriqueceu a minha forma de estar na vida e ajudou-me na abordagem holística do sofrimento físico, psicológico, social e espiritual. 

Aumentou a minha capacidade de relação, levou-me a aprofundar a minha fé, a redescobrir que sou depositária de um bem que humaniza e a crescer em coerência, verdade, amor a todos.

A motivar-me para a transmissão da mensagem evangélica, dum Deus que é bondade, ama cada pessoa e deseja a felicidade a todos.

A crescer na convicção do grande contributo da formação para uma actualização permanente da missão, e a sabedoria para a adequarmos às realidades que vamos encontrando, sendo eficazes, eficientes e convincentes. Sem este saber dificilmente tocamos as pessoas.

Reconheço que deveria ter sido mais ousada na transmissão da mensagem evangélica mas nem sempre encontrei o como e a oportunidade de o fazer. Aceitei, tal como o sacerdote da parábola, ser sentinela, que contemplava e transmitia uma forma de ser, estar, buscar e viver.

À LUZ DA EXORTAÇÂO EVANGELLI GAUDIUM 

Nota introdutória 

O Papa Francisco analisa a Igreja e a sociedade de hoje, e traça rumos fundos e fecundos que dêem à Igreja inteira uma nova fisionomia, uma nova energia, uma nova alegria, uma nova ternura, uma nova paixão evangelizadora, uma nova comoção que a leve a sair de si mesma ao encontro dos homens e mulheres deste tempo, sobretudo, dos “pobres de espírito” do Evangelho. (Mt 5,3)

A força do Evangelho reclama compromissos a todos os níveis da sociedade, desde a política à economia, à justiça, à educação, na saúde, ao diálogo, à misericórdia.

Todo o texto é muito interpelativo e envolve-nos como cristãos na mesma paixão missionária e evangelizadora.

Esta exortação toca-me pelo sentido tão “evangélico” e pela profunda convicção de fé e alegria que deixa transparecer.

P.P· Passo a ressaltar alguns aspectos da E.G. nessa relação com a missão realizada:

· Jesus é o primeiro e o maior evangelizador, o primado é sempre de Deus, que quis chamar-nos para cooperar com Ele e impelir-nos com a força do seu Espírito. A iniciativa pertence sempre a Deus e”só Ele faz crescer” (1Cor 3,7) (12)

· De vários modos, toda a alegria bebe na fonte do amor maior, que é o de Deus, a nós manifestado em Jesus Cristo (7) 

· “A igreja não cresce por proselitismo, mas por atracção”, diz o Papa no nº (14) citando Bento XVI. É o testemunho de vida, de que fala Paulo VI, que exerce essa atração.

· A Igreja “em saída” é uma Igreja com as portas abertas, chamada a ser sempre a casa aberta do Pai, para olhar nos olhos e escutar, ou renunciar às urgências para acompanhar quem ficou caído à beira do caminho. (46)

· Com uma orientação muito clara diz: O dinamismo missionário, há-de chegar a todos, mas sobretudo aos pobres e aos doentes, àqueles que muitas vezes são desprezados e esquecidos. Hoje e sempre “os pobres são os destinatários privilegiados do Evangelho”. Há um vínculo indissolúvel entre a nossa fé e os pobres. (48)

· Mais do que o temor de falhar, espero que nos mova o medo de nos encerrarmos nas estruturas que nos dão 

uma falsa protecção, 

nas normas que nos transformam em juízes implacáveis, 

nos hábitos em que nos sentimos tranquilos, 

enquanto lá fora há uma multidão faminta e Jesus repete-nos sem cessar: “Dai-lhes vós mesmos de comer” Mt 6,37 (49)

· São louváveis os sucessos que contribuem para o bem-estar das pessoas, por ex., no âmbito da saúde, da educação e da comunicação mas não podemos esquecer que a maioria vive o seu dia-a-dia precariamente, aumentam algumas doenças, o medo e o desespero apoderam-se do coração de inúmeras pessoas; crescem a falta de respeito e a violência, a desigualdade social é patente e a alegria desvanece-se. (52)

· Não a uma economia de exclusão e não a uma globalização da indiferença. Quase sem nos dar conta, tornamo-nos incapazes de nos compadecer ao ouvir os clamores alheios, já não choramos à vista do drama dos outros, nem nos interessamos por cuidar deles… (54)

· A crise financeira faz-nos esquecer que, na sua origem, há uma crise antropológica profunda: a negação da primazia do ser humano. (55)

· A ambição do poder e do ter não conhece limites e tende a devorar tudo e sobretudo qualquer realidade que seja frágil. (56)

· A rejeição da ética e a recusa de Deus, é notória porque sentida como ameaça, porque condena a manipulação e degradação da pessoa. (57)

· Na cultura dominante ocupa o primeiro lugar aquilo que é exterior, imediato, visível, rápido, superficial, provisório. O real cede o lugar à aparência. (59)

· Viver a fundo a realidade humana e inserir-se no coração dos desafios como fermento de testemunho, em qualquer cultura e cidade, melhora o cristão e fecunda a cidade. (75)

· A cultura mediática e alguns ambientes intelectuais transmitem, às vezes, uma acentuada desconfiança quanto à mensagem da Igreja e um certo desencanto. Neste contexto torna-se difícil passar a mensagem e debilita a entrega. (79, 80)

· Falando das tentações dos agentes pastorais (77-107 a E. G., sublinha:

Contra o relativismo prático, agindo como se Deus não existisse (81, 82)

Ø Não nos deixemos roubar o entusiasmo missionário (80)

Contra a indiferença egoísta e o pragmatismo cinzento que corrói o dinamismo apostólico (82)

Ø Não deixemos que nos roubem a alegria da evangelização (83)

Contra a sensação de derrota que nos transforma em pessimistas (85)

Ø Não deixemos que nos roubem a esperança (86)

Contra um fechamento às relações vitalizantes que nos impedem de ver a grandeza do próximo e descobrir Deus em cada ser humano (87, 88)

Ø Não deixemos que nos roubem a comunidade. (92)

Contra um mundanismo espiritual que busca a glória humana e o bem-estar pessoal em vez da glória do Senhor. (93, 95)

Ø Não deixemos que nos roubem o Evangelho (97)

Contra a guerra entre nós

Ø Não deixemos que nos roubem o ideal do amor fraterno (101); “não nos cansemos de fazer o bem” (Gl 6,9) e peçamos agraça de nos alegrarmos com os frutos alheios que são de todos (99)

· Todos somos discípulos missionários e certamente todos são chamados a crescer como evangelizadores. (121) A nossa imperfeição não deve ser desculpa, mas estímulo a não nos acomodarmos na mediocridade, mas continuarmos a crescer.

· A renovação missionária vive-se de pessoa a pessoa e compete a todos como tarefa diária e em qualquer lugar (127)

· Temos de aceitar ser trespassados por essa Palavra que há-de trespassar os outros (149) porque é uma Palavra eficaz, penetrante (Heb.4,12)

· Deriva da nossa fé em Cristo, a inclusão social dos pobres e isto supõe estarmos atentas e unidas a Deus, ouvir o clamor daqueles que não têm acesso aos cuidados de saúde, ao trabalho, à educação (192, 197, 204)

· Jesus o evangelizador por excelência e o Evangelho em pessoa, identificou-se com os mais pequeninos (Mt 25,40). Isto recorda-nos que somos chamados a cuidar da fragilidade (209) e a defender o valor inviolável de qualquer vida humana. Pequenos mas fortes no amor de Deus, como S. francisco de Assis, somos chamados a cuidar da fragilidade do povo e do mundo em que vivemos (216)

· Sem momentos prolongados de adoração, de encontro orante com a Palavra, de diálogo sincero com o Senhor, as tarefas facilmente se esvaziam de significado, abatemo-nos com o cansaço e as dificuldades, e o ardor apaga-se. (262)

· Se queremos crescer na vida espiritual, não podemos renunciar a ser missionárias. (272) Faz parte do nosso ADN, algo que não podemos arrancar do nosso ser se não nos queremos destruir. Eu sou uma missão nesta terra, e para isso estou neste mundo. (273)

· É preciso considerarmo-nos como que marcados a fogo por esta missão de iluminar, abençoar, vivificar, levantar, curar, libertar. Nisto se revela a enfermeira autêntica, o professor, o político, aqueles que se decidiram no mais íntimo do seu ser, a estar com os outros e ser para os outros (273)

· Cada pessoa é digna da nossa dedicação, porque é obra de Deus. Ele criou-a à sua imagem. 

Na Cruz, Jesus Cristo deu o seu sangue precioso por essa pessoa. Por isso, se consigo ajudar uma só pessoa a viver melhor, isso já justifica o dom da minha vida (274) 

· Com Maria, a mãe da Evangelização, aprendamos a ser discípulas missionárias e voltemos a acreditar na força revolucionária da ternura e do afecto.

Nela vemos que a humildade e a ternura não são virtudes dos fracos mas dos fortes, que não precisam de maltratar os outros para se sentirem importantes. (288).

A modo de conclusão:

A Exortação forma um todo coeso e coerente e é difícil dizer onde é mais tocante.

Para mim a sua leitura e o seu estudo, tem sido, além de mais, um deleite e define um projecto a longo prazo e não simplesmente mais um documento que se lê e se coloca na estante. Convém estudá-lo e tê-lo por perto.

Mãe do Evangelho vivo, manancial de alegria para os pequeninos, rogai por nós. Amém. Aleluia!

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